quinta-feira, novembro 24, 2005

"Fora de Palocci não há salvação!"(?)

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De maneira quase religiosa (dogmática), o Brasil se ajoelha (de cócoras) a Palocci (o venerando).
É o que vemos (e pelo que pagamos) diariamente: a veneração (paradoxal) a um médico (não praticante) que veio a se tornar, ineditamente (sem outras opções), o guardião do cofre nacional(nossa atual Coroa portuguesa), que engoliu a chave (do desenvolvimento) e esqueceu a combinação (de alternativas).
Que foi alçado a quase milagroso (econômico, em todos os sentidos) na condução dos destinos do Brasil (de toda a falta de verbas).
Ainda que receite medicamentos amargos (arrochos) e tenha o rigor de um oncologista (a dor é uma conseqüência natural), está quase canonizado (blindado).
Afinal, pelo santo médico econômico, o mercado financeiro é corretamente medicado (com lucros) e se tranqüiliza (remunerando os rentistas). Os outros doentes (indústria, comércio e serviços) em tratamento, devem se confortar com tal exemplo (lucros dos outros) e ter fé (esperança), devendo continuar a recolher seus dízimos (alta carga tributária). Os moribundos (pequenas empresas e classe média) devem entender que fazem parte de uma missão (sacríficio) e que precisam continuar a seguir os ritos (burocracia), para que possam os de melhor saúde (Bancos) continuar com seu tratamento (feito de bezerros de ouro).
E mais (ou menos): em um país com tanta saúde econômica (aperto financeiro) quem seriam os doentes ("duros") que ousariam não seguir (enfrentar) as receitas do doutor?
Até parece que a escola em que se formou (PT de Ribeirão Preto) deva ser um exemplo de conduta e austeridade econômica e que o chefe (Presidente Lula) que o escolheu foi um verdadeiro sábio (condescendente), pois entendia de tudo (hoje diz que não sabe de nada), principalmente oPTar por mandatários de confiança (mensaleiros?).
E as poucas vozes contrárias terminam por se calar (locupletar) ou por se silenciar (acovardar). Qualquer grito (investigação) deve ser mera intriga ou conspiração da oposição.
Afinal: Fora de Palocci não há salvação!