quinta-feira, outubro 06, 2005

Mais uma greve dos bancários. Que não mudará nada!

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Mais uma vez os bancários entram em greve.
Mais uma vez se frustraram com os banqueiros.
Mais uma vez estão ficando sem um "quinhão do butim".
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Será que os bancários não entendem que os banqueiros não os respeitam?
Que os banqueiros podem terceirizar seus serviços sem os encargos da categoria?
E que, a cada dia mais, podem trocar as pessoas que ainda restam por máquinas?
E que lucram com o pérfido sistema e não com os funcionários?
E que eles, bancários, valem muito mais para quem atendem do que a quem lhes paga?
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Enfim, por mais uma vez, é uma obviedade que os bancários não receberão a parte dos lucros que pretendem dos bancos, que não dividirão o butim. Esta bolsa é deles!
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Em tal sentido, não seria mais eficiente que os bancários promovessem greves mais estratégicas e inteligentes?
Como, por exemplo, promovendo piquetes pela legalidade social e econômica nos Bancos.
Como pelo respeito ao CDC e à diminuição das filas.
Ou contra taxas e tarifas abusivas ou extraordinárias, que devem justificar à população, por não estarem claras nos contratos de concessão de crédito, nos lançamentos ou nos extratos.
Ou contra as vendas casadas, que são obrigados a fazer.
Ou administrativamente, contra as mais diversas "operações internas", como as de elisão fiscal e de lançamento de provisões, com cunho duvidoso.
Ou um movimento mais amplo e permanente, como pela vigília no cumprimento da lei e sua função social, pelos Bancos.
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Prezados bancários, antes de sua função, vós sois brasileiros.
Não pretendam um quinhão de um butim, devolvam a bolsa a quem pertence.
Cumpram o seu papel na ajuda ao Brasil.
No dia a dia do serviço nos bancos, pode ser dado um grande exemplo de moralidade e união à nação.
E vossos atos passarão a valer mais.
Tenham certeza disso.